terça-feira, 11 de março de 2008

Álcool e droga facilitam agressão sexual

2008/03/08 | 14:00

Aumentou número de casos em que estupefacientes foram usados para facilitar abusos
 
Uma em cada cinco mulheres de países europeus sofreu uma agressão sexual durante a vida, tendo aumentado o número de casos em que a droga ou o álcool foram usados para facilitar os abusos, revelam estudos europeus, escreve a Lusa.

Estes dados do Observatório Europeu de Drogas e Toxicodependência (OEDT) foram divulgados este sábado por ocasião do Dia Internacional da Mulher e baseiam-se em inquéritos realizados em seis Estados-membros da EU, indicando que «cerca de vinte por cento das mulheres desses países são alvo de algum tipo de agressão sexual durante a vida adulta».

A agência europeia de informação sobre a droga, sedeada em Lisboa desde 1993, sublinha que os casos em que os agressores sexuais utilizam drogas e álcool para imobilizar as vítimas aumentaram nos últimos dez anos na Europa.

«O álcool continua a ser o sedativo do sistema nervoso central mais comum associado ao oportunismo sexual e às agressões na Europa, seguido por uma série de drogas sujeitas a prescrição médica como os benzodiazepinas (BZN, também designadas por tranquilizantes e ansiolíticos)», refere o OEDT.

De acordo com o mesmo organismo, estas agressões sexuais são mais facilmente perpetradas contra mulheres cujo uso de droga, álcool ou problemas de saúde mental as torna mais vulneráveis.

O Observatório sublinha que notícias na comunicação social sobre casos de violação num encontro («date rape») e de colocação de drogas na bebida («drink spiking») têm dado «uma atenção desproporcionada» ao uso de GHB (conhecida como a droga das violações) ou de Benzodiazepinas como o Rohypnol para incapacitar as vítimas, apesar de o álcool ser a substância utilizada com mais frequência.

Estudos forenses citados pelo OEDT demonstram que apenas uma pequena parte das agressões sexuais reportadas envolvem a utilização dissimulada de GHB. Contudo, o curto período em que esta substância pode ser identificada no organismo (seis a oito horas no sangue e dez a 18 na urina) podem tornar impossível a sua detecção caso o abuso não seja relatado a tempo.

Preocupada com esta questão, a agência europeia apela aos Estados-membros para uma melhor monitorização do fenómeno, que representaria «um primeiro passo essencial para a resolução do problema».

1 comentário:

Anónimo disse...

nós vamonos vestir como quiseros não e por isso que vamos de deixar de andar como tamos por causa das agressoes por favor!!!!
e já agora o alcool e as drogas não são a principal causa.
a homens que fazem agressões sexuais sem tarem drogados ou tipo assim.
descordo completamente